[Missões] Tobi

Tipo 6: Descobrir informações importantes de contrabandistas sem interferir ou se expor

Tatataratatá! Tobi na área, vagueando pelos corredores escuros do palácio real. O que faço por aqui? O de sempre, pregando peças e dando o meu melhor para que nossa pequena nação cresça e se torne um grande expoente mundial. O que significa que hoje é dia de fazer missão para nosso grande rei Akin, então vim saber do que se trata. Uma serviçal trás as informações para mim, aparentemente a realeza estava meio ocupada para falar comigo cara a cara (ou será que estão me evitando? Quem sabe).

A missão de hoje era nada mais nada menos que espionar contrabandistas! Ai, ai, esses contrabandistas, toda hora se metendo aqui querendo carregar pedras e plantas, sei não, viu. Infelizmente não era hoje que iria matar um bocado deles, mas iria fazer meu papel de xereta oficial da realeza. Primeiramente, teria que encontrá-los, o que no final não se tratava de uma tarefa tão difícil, esses malucos pareciam mais burros que uma porta.

Vou dar um desconto para eles, o país da Pantera Negra só tem uma entrada, o porto abandonado, o resto são montanhas muito altas e lugares inóspitos para se chegar de barco. Claro, você pode sempre arriscar e deixar seu barco em algum lugar ao redor e escalar, mas corre o risco de voltar e ele ter sido devorado por um monstro marinho. Então fui para a área próxima ao porto, me empoleirando em um lugar alto para procurar a posição desses malandrinhos. Não podiam chegar diretamente no porto por tudo ser vigiado, então eles deixaram o barco em algum lugar por ali e foram nadando.

Após alguns minutos de busca, vou andando pela praia até achar o barco, escondido atrás de um rochedo de modo que os vigias na praia não o vejam. Sorte que sou esperto e fiquei vigiando tudo por cima. Agora era tarefa de detetive, buscar o rastro neles pela praia até a floresta adentro. O mar não deixava os rastros na areia durar muito tempo, mas imaginando mais ou menos por onde eles iriam do barco, consigo encontrar o local na floresta que havia sido revirado quando eles passaram. Contrabandistas não são gente daqui, não sabem andar na mata como eu que cresci pulando de galho em galho, o rastro dos seus facões abrindo caminho entre as árvores eu via de longe.

Segui o rastro pelas copas das árvores, tomando cuidado para não chamar atenção, até que finalmente encontrei o grupo. Eram no total dez homens, de diferentes fisionomias, mas utilizando o mesmo tipo de roupa, um macacão de couro longo e um chapéu circular, daqueles que parecem uma quenga de coco cortada bem no meio. Quatro deles eram aqueles armários humanos, típicos brutamontes contratados para cuidar da segurança, seguiam na frente cortando o caminho para os demais. Haviam quatro mais comuns, talvez os que iam botar a mão na massa. Porém o que me chamou a atenção foram os dois últimos, que andavam atrás de todo o grupo, um cara bem alto e magro, como um varapau, e um gordinho atarracado, os dois olhando uns mapas estranhos, que muito provavelmente deviam guiar até onde eles queriam ir, que era bem o que eu queria descobrir.

Observo os dois, acompanhando o grupo de perto enquanto avançam, deduzindo minhas próprias teorias do que eles conversavam. Não pareciam estar em busca de nenhuma árvore nem erva em específico, o que era estranho, nem mesmo se dirigiam para a área das montanhas, onde poderiam minerar algum daqueles metais valiosos. Estava encucado, mas continuo minhas anotações mentais sem inteferir, não queria arranjar encrenca com a chefia.

Espero a oportunidade perfeita para começar meu ato, quando o gordinho se afasta do grupo para tirar um água do joelho eu uso minha técnica de disfarce especial do clã para me passar por ele e me aproximar do acampamento que eles estavam montando. Tinha pouco tempo até ele voltar, então vou até onde eles ficavam, usando todo meu dom de atuação para me passar pelo contrabandista, e começo a revirar seus pertences. Coloco o mapa que ele tanto olhava em um dos bolsos, pego mais alguns papéis que tinham cara de ser interessantes, um equipamento estranho que ficava girando um ponteiro, e me preparo para dar o fora dali.

Quando estou quase partindo, o homem vara de bambu aparece, me perguntando para onde estou indo. Com todo meu manejo, aviso que estou indo me aliviar no mato antes de dar no pé, deixando ele para trás. Imagino como ele vai ficar intrigado quando o gordinho voltar logo em seguida, mas ai vou estar longe já.

Levo tudo que escutei e peguei de volta para o palácio real. Aqueles safados estavam mapeado uma parte da floresta para caçar animais silvestres por ali, pelo que descobrimos, mas essa audácia não ia ficar em vão. Mas bem, minha parte da missão já foi, agora que eles já sabiam do que se tratava, era hora de outro grupo cuidar disto. Isso é tudo, pessoal!

Tipo 2: Recuperar animais presos por contrabandistas

- Hey... Tobi-chan, já que você já sabe onde eles estão, se importa de fazer uma outra missão para nós?

Claro, eu devia imaginar que não ia ser tão simples assim, terminar a missão e ir tirar um cochilo ou infernizar a vida de alguém. Fazer o que, sou um homem muito requisitado, então acabo concordando.

- Tudo bem, o que querem que eu faça? Botar eles para correr, matar todos, fazer uma fogueira com o barco deles...

- Hahahahaa! Bobo, não é nada perigoso assim. Quero que você se infiltre onde eles estão e resgate qualquer animalzinho que tenha sido pego por eles. Acha que consegue?

- Meu segundo nome é Ao resgate, Tobi ao resgate. Tá, soou melhor na minha cabeça, acho que devia mudar de nome. Pode considerar esses animais salvos.

Não ia ser tão divertido quanto imaginei, mas resgatar bichinhos era uma boa ação e Tobi é um bom garoto. Então refaço meu caminho até a praia, assim como minha transformação, mas agora estava disfarçado de um dos brutamontes que lideravam a exploração. Vou até onde o barco deles estava ancorado me encontro com o resto da tripulação que estava por lá.

- O que veio fazer aqui? Cadê os outros?

Falou um balofo de touca e segurando uma concha (o utensílio, não a de praia, apesar de estarmos na praia). Eu suponho que seja o cozinheiro, mas não ia perder tempo com ele. Dou uma desculpa qualquer e digo que o chefe pediu para levar os animais capturados até onde ele estava, sem dar muitas explicações. O legal desses brutamontes é que normalmente eles não questionavam nada, então todo mundo achava normal eles estavam fazendo algo que alguém mandou sem saber o motivo.

Empilho três gaiolas de animais que tinha no barco, levando para a praia sem levantar suspeitas, até chegar a uma casa dos moradores locais, as escondendo sobre o cuidados deles até eu retornar. Ainda tinham animais para ser salvos do grupo que se aventurou mata adentro, eu estava certo disto, então refaço meu caminho pela floresta até onde o acampamento dos trapalhões ficavam. chegando mais próximo, escuto a briga entre os dois esquisitões, motivada é claro pelo meu pequeno furto anterior.

- Como diabos você perdeu nosso mapa? Você não sabe o quanto demorou para conseguirmos mapear toda aquela área? Estamos nos arriscando aqui e você perde a porra do mapa?

- Eu não perdi porra nenhuma! Eu deixei aqui no acampamento, como sempre deixo, você que perdeu essa porcaria e quer me culpar. Vamos procurar de novo, não é possível que esses papéis sumiram do nada.

Ai, ai, como é doce o som da confusão sendo criada e outra pessoa levando a culpa por ela. Os outros membros da expedição olhavam confusos para os dois brigando, alguns reviravam os papéis atrás do item que já estava nas mãos capazes de nossos ninjas. Aproveito a confusão para dar uma olhada de cima do acampamento, sem fazer barulho, para achar onde estavam os animais que foram sequestrados. Depois de algum tempo observando, avisto o local onde eles estavam armazenados, uma pilha de gaiolas junto ao acampamento.

E então chegou a hora. Hora do que você pergunta? Hora da pescaria, é claro! Pego minha Kusari-Gama, deixando a foice para baixo e vou descendo-a bem devagar, logo acima das gaiolas, aproveitando que nenhum deles estava olhando para aquele lado. Quando finalmente a foice chega a altura das gaiolas, tento encaixá-la entre as barras para subir a primeira gaiola, ainda mais devagarinho, para evitar assustar os animais lá dentro. Se eles abrem o barreiro, só poderia meter o pé dali e deixar os outros para lá. Dou sorte, a dupla de aves na gaiola para dopada, aqueles contrabandistas deviam estar deixando os animais grogues para a viagem, o que viria a calhar para mim. Repito o processo, bem calmo, as vezes parando e esperando algum deles passar por ali antes de continuar. Consigo resgatar, enfim, todos os animais que estavam presos ali, então refaço meu caminho até o local onde deixei os que havia recuperado no barco. O casal donos da casa ficam felizes em me ajudar, então nós três amarramos bem a bicharada e levamos de volta até o palácio, deixando aos cuidados das serviçais para achar algum tratador para checar a saúde deles antes de devolverem para natureza.

- Oh, já conseguiu, Tobi-chan?

- Mas é claro! Está me achando com cara de amador? E então, estou liberado? Posso ir descançar?

- Agora pode sim, Tobi-chan, obrigado por seu trabalho duro!

- Tem certeza que não querem que eu faça uma fogueira com o barco deles? Era tão grande, dava pra aquecer por uns três dias.

- Hahahaha! Bobo, pode ir descansar, a não ser que queira ir pedir algo para fazer pro Akin, talvez ele te dê mais trabalho.

- Ah, claro... Então vou indo antes que o rei apareça, byeeeeee!

Tipo 2: Recuperar animais presos por contrabandistas

- O que? Aqueles idiotas voltaram?

Voltando um pouco no tempo, estava eu perambulando pelo palácio procurando algo para fazer quando de repente a serviçal veio me pedir para ir atrás daqueles contrabandistas de novo. Aparentemente eu ter frustrado seus planos só os deixou ainda mais sedentos por outro encontro, porque estavam na floresta de novo pegando animais novamente.

- Isso, Tobi-kun, os moradores locais vieram nos avisar assim que os viram chegando pela praia, devem ainda estar pela floresta com os animais, você tem que se apressar e pegá-los antes que voltem para o barco.

- Humpf... Sabia que devia ter tacado fogo no navio deles enquanto era tempo. Dessa vez não vou ser tão leniente, esses malucos nunca mais voltam aqui.

- Tome cuidado, Tobi-kun, eles devem estar preparados depois de terem sido atacados da outra vez.

- Não dá para se preparar para a performance do seu Tobi, pode ter certeza. Vou nessa!

O ruim de mandar piscadinhas usando uma máscara é que ninguém vê, a não ser que eu faça a máscara dar uma piscadinha também. Enfim, me mando pro meio da mata a toda velocidade, não podia perder tempo ou aqueles safados podiam fugir com os animais e o rei ia ficar uma arara (desculpa pelo trocadilho, é mais forte do que eu). Então vamos lá, passa umas trinta árvores, vira a esquerda na segunda palmeira, dá uma cambalhota no coqueiro e tchanram! Estamos na beira da praia. Consigo localizar o barco deles com certa dificuldade dessa vez (tão melhorando os esconderijos, vão ganhar uma medalhinha), mas logo encontro o rastro dos contrabandistas, mata a dentro. Seguindo pela praia era minha certeza que eles não iam passar por mim sem que eu visse.

Após meia hora adentrando naquela trilha, consigo finalmente encontrar o grupo de contrabandistas, todos espalhados pelo local procurando animais para vender. Para minha sorte (e azar deles), eles haviam se dividido para cobrir uma área maior, o que deixavam mais vulneráveis as minhas emboscadas e sabotagens. Haviam mantido a mesma formação, com os dois brutamontes na frente, os quatro caras comuns explorando lateralmente atrás de animais e os dois patetas no acampamento, esperando. Podia ir direto ao acampamento e atacar aqueles dois, pegar os animais e dar no pé, mas era arriscado de algum deles gritar e me denunciar, então decido um plano mais cauteloso (e assustador, kukukuku!). Espero um deles se distanciar o bastante para os outros perderem visão de onde este estava, um dos quatro malucos mais comuns, e me aproximo espreitando.

O cara estava tentando capturar um pássaro, com bastante concentração, então nem percebeu minha aproximação. Quando vejo que suas mãos estão muito ocupadas e seu foco em outra coisa, ataca com um corte rápido com a foice, direto na garganta, que faz jorrar sangue por todo lugar. Ele engasga, tenta falar algo, se arrastar, mas logo logo estava apenas o cadáver caído. Limpo minha lâmina e me afasto, buscando minha próxima vítima. O segundo cara normal não teve tanta sorte, sua morte foi bem mais dolorosa, mas não fui eu que causei. Bem, não diretamente eu diria, só dei um empurrãozinho, quem matou ele foi a gravidade. Seu grito durou alguns longos segundos, o que deu tempo dos mais próximos se aproximarem e se assustarem. Do outro lado, outro acabou encontrando o corpo do que foi degolado, assim como o guepardo que o estava usando de alimento. Ele gritou, puxou uma arma de dardos (parece que descobri como eles estavam deixando os bichos grogues), mas com um golpe de corrente eu arranquei a arma de sua mão, o que só o permitiu correr por sua vida.

Claro, ele não corria mais que um guepardo enfurecido por pararem seu almoço, só conseguiu correr para ser morto na frente de seus amiguinhos, que após perder três homens nesta floresta e estarem sendo caçados por um guepardo, só conseguiram fugir morrendo de medo, deixando tudo para trás. Não sei se o guepardo matou mais algum deles, pois nesse momento aproveitei para recuperar os animais capturados que eles deixaram para trás no acampamento em sua fuga desesperada. Acho que depois do que aconteceu hoje esses contrabandistas não iriam querer mais se arriscar nessa floresta tão cedo. Volto para a praia, só para ter certeza de que eles não acabaram capturando o guepardo enquanto eu não estava olhando, mas eles não tiveram tanta competência assim, só fugiram com o rabinho entre as pernas pro seu barquinho. Acho que deixaram um rastro de merda na floresta toda do susto que levaram.

Volto para o palácio, entrego os animais para serem tratados novamente, então volto a bater papo com a serviçal enquanto a realeza não precisava de minha ajuda novamente.

- Tobi-kun, obrigado por seu trabalho duro, conseguimos recuperar os animais de novo por sua causa.

- Ah, isso não foi nada, sabe como eu sou incrível, né? Faz parte do meu show.

Tipo 2: Recuperar animais presos por contrabandistas

- Tobi-kuuuuun...

Aquela voz doce, que eu estava acostumado a ouvir, já me dava um calafrio agora, parecia o chamado para me meter no meio dos matos atrás de animais roubados.

- Meu deus, por favor não me diga que são aqueles caras de novo, já botei eles para correr duas vezes, não é possível que não aprenderam a lição...

- Calma, calma, Tobi-kun, não são eles dessa vez, mas parece que um novo grupo de contrabandistas apareceu na costa, os moradores locais...

- ... vieram avisar que viram eles roubando os animais da floresta. "Amor, estão roubando nossos pássaros!" ou coisa assim, sei, sei, já entendi. Pode deixar aqui com o defensor dos pobres animais silvestres indefesos, só me diz onde esse pessoal foi avistado por último, para eu saber onde devo procurar.

Puxando um mapa da costa, ela me apontou os pontos onde os invasores se infiltraram, segundo os moradores, e eu parto sem perder muito tempo. Demorava um pouquinho até chegar a costa partindo da capital, mas já estava ficando acostumado a fazer aquele trajeto, de tanta missão com contrabandista que eu estava pegando. Qual era o problema desses caras, não tem bichos de onde eles vem? Estava sem paciência desta vez, mas claro, sou discreto como sempre, me aproximando aos poucos e com cuidado. Pelo jeito estava um pouco atrasado, pois eles já estavam levando os animais para o navio, mas chego a tempo de encontrar alguns retardatários ainda saindo da floresta.

Esse atraso em me chamar para resolver o problema ia dificultar um pouco mais a tarefa, mas eu só precisaria ser um pouco mais ousado. Hora de mostrar meu lado artístico e fazer um belo espetáculo. "Pesco" um dos retardatários, após observar bem seus trejeitos, usando uma forca com minhas correntes, o que causa um morte um pouco dolorosa para aquele contrabandista. Após largar o corpo por ali, assumo sua identidade e vou me encontrar com o grupo, que esta prestes a partir.

- Que grito foi esse, espantalho?

Perguntou um dos contrabandistas para mim, o que me fez supor que esse era o apelido da pessoa que eu estava me passando por agora. Obrigado pela informação, senhor cara de pudim!

- Ah... aquilo? Foi a porra de um morcego que pulou em cima de mim do nada, mas o desgraçado fugiu.

Ele parecia praguejar um bocado enquanto carregava os animais pela floresta, então tento elaborar o meu linguajar para equivaler ao do tal espantalho. Não que fosse difícil, não era nada rebuscado nem tinha um sotaque forte, eu podia imitá-lo com uma mão nas costas.

- TODOS A BORDO! EI, VOCÊS! TERMINEM DE EMBARCAR OS ANIMAIS E VAMOS ZARPAR ANTES QUE AQUELES MACACOS APAREÇAM!

Wow, cara, isso é ofensivo, você não pode chamar todo mundo que você não gosta de macaco. Não acho que o espantalho se importaria em dar um sermão no seu chefe em alto mar, então só levo os animais para cima com os demais e partimos. Mas Tobi, o que você foi fazer em alto mar com esse bando de contrabandistas? Calma que você já vai saber, meu amigo curioso. Quando estávamos lá navegando pelo mar próximo ao nosso querido País do Pantera Negra, sob os últimos raios de sol, a tripulação discutia quem seria responsável por olhar o navio de noite. Depois de um longo dia caçando animais em uma selva tropical, não são muitos os corajosos para passar a noite em claro, pode ter certeza, mas não nosso amigo espantalho. Esse jovem contrabandista agarrou a oportunidade com força, sendo o responsável para cuidar do barco durante o primeiro turno.

Você pode imaginar o que eu fiz quando todos dormiam, não? Vou contar de qualquer forma. Peguei os animais, botei no bote reserva do barco, taquei fogo na vela e meti o pé. Não sei se acordaram com o calor quando o fogo se espalhou pro mastro, mas pela minha experiencia com o mar ao redor da ilha, ficar a deriva por ali era o mesmo que a morte. Já eu fui narrando no meu botezinho até a costa, só eu, o mar, um tigre e uns outros animais enjaulados. Dava até uma boa história para uma peça, as aventuras de Tobi. Chegando a praia, pedi ajuda para os sempre xeretas habitantes locais para levar os animais de volta. Estava cansado dessa vida, hora de tomar um bom banho e dormir.

Chegando ao palácio, deixamos os animais sob os cuidados dos guardas noturnos para serem levados no dia seguinte e vou relatar a missão para a serviçal.

- Tobi-kun, você se arrisca demais, na próxima vez tenha mais cuidado.

- Fique tranquila, eu sempre cálculo meus riscos com cuidado... Não deixaria de vir aqui tomar seu tempo com minhas bobagens. Mas amanhã tenta procurar algo sem contrabandistas para eu fazer, por favor, eu nem levo tanto jeito assim com os bichinhos.

- Hahahahah! Bobo, vá descansar, hoje foi puxado. Quem sabe se não fazemos algo mais prazeroso outro dia.  

- Ai sim é uma boa proposta. Uma boa noite, minha senhorita...

Tipo 5: Alimentar a Grande Pantera (Animal grande que fica em um perímetro isolado)

- Amanhã vai ser algo mais prazeroso, ela disse... Acho que sou bobo mesmo, como ela disse, não é possível que cai nessa. E agora to aqui, indo alimentar uma pantera gigante que vive em um lugar esquisito, torcendo para eu não virar a sobrimesa dela...

Olá, eu sou o Noumen Tobi e esse é o jackass. Digo, este sou eu subindo uma montanha com uma bacia de carne para alimentar a Grande Pantera. Aparentemente se ela ficar sem ter contato com pessoas  por muito tempo ela começa a esquecer que nós somos os caras legais e começa a matar todo mundo. Ou eu só inventei isso, vai saber, você não sabe nossos costumes mesmo. Tá, vou te falar mais sobre a Grande Pantera enquanto subimos esse barranco. Esse animal de tamanho bizarro vive aqui no País do Pantera Negra desde antes de eu nascer e é adorada pelas pessoas como algum animal sagrado ou coisa assim. Fizeram até uma estátua gigante dela, quem diria. Depois de subir uma boa leva de barrancos, chego em uma montanha maior, onde a nossa amiguinha felina vivia a maior parte do tempo.

- Suuuuup, guys... To indo levar comida para a Grande Pantera lá em cima, podem ficar relaxados.

Os dois caras com lanças eram os guardinhas que estavam fazendo a vigia da montanha, esse lugar tinha o acesso restrito para evitar acidentes, gente perdida ou devoradas por algum animal. Ah, quais caras com lanças eu tô falando? Esses ai, ó:

O mais alto que usava a roupa tribal era o Chacal e o outro de armadura era o Lobo da Planície, os dois eram irmãos e vinham de uma longa linhagem de guardiões da grande pantera, vulgo pessoas que ficavam paradas ali o dia todo impedindo os outros de subirem a montanha. Nenhum deles parecia ter censo de humor, o que pude constatar quando tentei zoar aqueles nomes toscos que botaram neles, e desde então não parecem gostar muito de mim. Como era uma missão oficial de nosso rei Akin, só puderam praguejar e me deixar passar, me desejando que virasse comida de pantera. Malditos guardinhas... Agora que passei por eles tinha o caminho livre para subir a montanha e dar de cara com o incrível clima de seu alto...



Névoa para todo lado e um friozinho que não era tão comum por aqui. Se não tivesse crescido por aqui, certeza que me perderia no meio dessa névoa, acho até que por isso que me mandaram ao invés de algum desses mercenários recém-chegados. Mesmo sem me perder ainda era um desafio e tanto encontrar qualquer coisa nesse meio enevoado, então vou andando com cuidado, firmando bem os pés, enquanto tento escutar algum som que indicasse que nossa convidada fosse dar as caras pro seu rango.

- Panterinha, panterinha, aqui aqui... Venha comer seu lanchinho...

De repente vejo um grande vulto atrás de névoa, me assustando por um momento. Respiro fundo, coloco a bacia de carne da frente
e me aproximo do grande vulto ébano atrás da névoa.

- Calma, bom garoto, seu lanchinho tá aqui, não me devore...

Devido a névoa, demorou alguns momentos até eu perceber que estava tentando alimentar a estátua da Pantera. Malditos bons escultores de Wakanda, realmente parecia com a original. Ok, vou me lembrar de tirar essa parte do relatório da missão, não tô afim de ser zoado por uma missão de alimentar um bicho. Continuo tateando no escuro até sentir um bafo quentinho perto de mim, um que fazia um barulho maior que um cavalo. Me viro lentamente, afinal não era uma boa fazer movimentos bruscos, e coloco a grande bacia de carne no chão, de frente para o animal. A Grande Pantera se movia com toda graciosidade que só um felino daquele porte tinha, mas não deixava de ter impor medo a cada movimento. Duvidava que eu teria tempo para correr, caso ela se estressasse comigo, felizmente ela parecia bem tranquila e apenas comeu a carne em paz depois de cheirá-la um pouco. Depois de terminar sua refeição, a pantera se levantou, veio até mim e me cheirou um pouco, dando uma lambida na minha mão antes de voltar para o meio da névoa. Acho que depois de toda aquela carne ela se deitou um pouco para fazer a digestão, quem é que não gostava de uma sonequinha pós almoço, não é mesmo?

Como todo bravo guerreiro após um dura batalha, recupero minha coragem e começo a descer a montanha, agora bem mais leve (deve ser por que eram muitos quilos de carne, lógico, pensou o que?). Ao passar pelos irmãos de nome escroto de lança, pude ouvir com satisfação a decepção deles em me ver sair vivo e sem machucados daquela montanha. Bobocas, é preciso mais que isso para derrotar o incrível Tobi. Faço meu caminho todo de volta até o Palácio, onde entrego a bacia que busco meu pagamento. Hora de um banho e de encontrar outra pessoa para adular, aquela serviçal que distribuía as missões parecia ter algo contra mim.